Caminhada pelo centro de Porto Alegre: Uma Jornada Fotográfica Urbana 

A partir das ruas pulsantes do centro de Porto Alegre, notei que a força da fotografia pode se tornar de trazer representação para as coisas mais simples, porém que não deixam de chamar a atenção por suas essências que são únicas. Sou  Paulo Ronaldo Costa, estudante de jornalismo e apaixonado por fotografia, e compartilho com vocês um projeto que mergulha nas várias facetas ignoráveis para a maioria mas que ajudam a compor a capital gaúcha.

Das várias lombadas, que muitas vezes imperceptíveis no cotidiano, uma acabou ganhando destaque pela organização das placas e de alguns elementos que ajudam a compor a fotografia. Mesmo que marcada pelo peso do tempo e pelas histórias daqueles que por elas passam, a rua Espírito Santo pode serviu de modelo para capturar a simplicidade e a autenticidade do cotidiano urbano.

Da esquina consigo visualizar a imponente Catedral Metropolitana, que de forma inegável se trata de um marco icônico da cidade de Porto Alegre, indiscutivelmente além de sua representação para a cidade, sua grandiosidade arquitetônica chama a atenção principalmente por sua majestosa cúpula que a coroa e representa um ótimo cartão postal para a cidade.

Roteiros matinais são extremamente desafiadores para uma pessoa que não gosta de acordar cedo (eu realmente tenho um pouco de dificuldade no período matinal, justamente por conta do despertar), mas também não posso desmerecer a beleza das primeiras luzes de um dia que está se iniciando, e desta forma pude testemunhar o descanso de parte da população que muitas vezes é esquecida e ignorada, a vulnerabilidade delas não passa despercebida. Uma coisa que aprendi é que as imagens devem falar por si só, e elas descrevem vão além das dificuldades de uma morador de rua e seu despertar, elas refletem a resiliência e a esperança que perseveram nas faces daqueles que enfrentam os desafios diários.

O verão tem sido cada vez pior, e uma sombra se projeta no chão e sinto um alívio do calor que assombra os gaúchos em cada solstício de verão. Olho para os lados não vejo nenhuma copa de árvore, mas a projeção do coração administrativo da cidade. Resolvo ganhar andar para ganhar altura, para registrar a interessante arquitetura de "rampa" do Centro Administrativo Fernando Ferrari, o prédio que me deu uma trégua do calor e abriga os diferentes processos de Porto Alegre, com o estádio Beira-Rio ao fundo.

Também irei compartilhar um momento efêmero, onde a natureza encontra a urbanidade, mas tenho uma pequena dúvida: como se chama esse pássaro que se encontrava solitário em baixo de um dos pilares da Ponte dos Açorianos? Acredito que muitos dessa espécie possam ter sobrevoado sobre a minha a cabeça, porém muitas das vezes não olho para cima, mas ele contrasta inclusive um problema meu: a beleza fugaz que muitas vezes passa despercebida em meio ao concreto e ao asfalto de uma capital movimentada.

Essas fotografias não apenas congelam momentos, mas mostram um pouco mais da cidade de Porto Alegre, através de suas texturas, cores e emoções. Espero que esta jornada visual desperte uma nova apreciação para a riqueza e diversidade que nossa cidade oferece.